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Areia Azul

Às vezes é preciso se afastar para se ver de perto Foi num desses afastamentos que cheguei à Areia Azul. Não lembro ao certo qual verão foi, mas era verão. Entre o céu e o mar, tudo era areia e suor. A areia para se embalar de céu, o suor para alimentar o mar.

Perdi às contas de quantos passos são necessários para conhecer Areia Azul inteira. Às vezes um, nenhum, cem mil, depende de cada um. Areia Azul se apresenta diferente para cada visitante. É que as areias estão sempre caminhando.

Areia Azul está localizada exatamente entre o que foi e o que pode vir a ser. Lá o tempo é salgado. Seja noite, seja dia. Ora é seco, ora é molhado. Só que na areia é demorado e no mar passa depressa.

Em Areia Azul aprendi que o azul pode ser preenchido de várias formas e de várias cores. Pode ter peixe, pode ter pássaro, pode ter branco, pode ter laranja...As areias me mostraram como não se repetem as ondas. E as ondas carregaram minhas certezas, se foram na correnteza.

Eu, sem nada a fazer, observei.


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